Dor no bíceps? Pode ser um sinal de lesão no distal


Dor no bíceps? Pode ser um sinal de lesão no distal

Muitas pessoas fazem bastante esforço com os membros superiores, o que ocasiona uma série de problemas, como é o caso da lesão no distal. Para compreendermos melhor do que se trata essa lesão no bíceps distal, é de extrema importância conhecermos melhor esse músculo do braço

O bíceps é um músculo que possui dois ventres musculares, ou cabeças, com fixações distintas no ombro. Esses ventres estão localizados na extremidade “proximal” do úmero. Na outra extremidade do músculo, próximo ao cotovelo, as duas cabeças do bíceps se unem para formar um único tendão distal.

Esse tendão, localizado na extremidade “distal” do úmero, insere-se no rádio, um dos dois ossos do antebraço. Por meio dessa fixação, esse músculo do braço participa tanto da flexão quanto da supinação do cotovelo, sendo que a supinação é o ato de girar o antebraço de uma posição de “palma para baixo” para uma posição de “palma para cima”.

Apesar de ser um tipo raro, a lesão no bíceps distal afeta em sua grande maioria os praticantes de musculação e também outras pessoas que praticam algum tipo de esporte que exige muito esforço dessa área. 

Curioso(a) para saber mais sobre os fatores que levam ao rompimento do tendão do bíceps distal? Continue lendo este conteúdo que preparamos para você!

 

Sintomas da lesão no bíceps distal

As lesões do bíceps distal podem ser rupturas parciais ou completas. Elas geralmente ocorrem no braço dominante de adultos de meia-idade. O carregamento imprevisto do tendão é um mecanismo comum de lesão quando o músculo bíceps está se contraindo, mas o cotovelo é endireitado rapidamente. Normalmente, o tendão lesionado apresenta algum nível de degeneração preexistente, chamada tendinose, que o torna vulnerável a lesões. 

Uma ruptura do tendão do bíceps geralmente ocorre quando o tendão se separa dos ossos do antebraço. Isso pode ser sentido como um estalo ou sensação de rasgo na frente do cotovelo, podendo ser doloroso. Frequentemente, mas nem sempre, as pessoas relatam:

 

- Dor contínua;

- Inchaço;

- Hematomas;

- Calor no cotovelo.

 

Às vezes, as pessoas sentem um alívio da dor que estava presente antes. Espasmos musculares no bíceps são comuns quando isso acontece. Os sintomas geralmente melhoram em algumas semanas. Além disso, às vezes o músculo pode subir no braço em direção ao ombro. Isso resulta em um músculo com uma aparência maior do que o normal.

O cotovelo geralmente continua funcionando após a ruptura do tendão do bíceps. Isso é possível porque existem outros músculos que podem realizar parte do trabalho desse músculo do braço. Você pode sentir fraqueza ao flexionar o cotovelo. A maior parte da fraqueza após a ruptura do tendão do bíceps ocorre ao torcer o antebraço para virar a palma da mão para cima, também chamada de supinação. Você pode sentir fadiga com movimentos repetitivos, como girar uma chave de fenda, se o tendão não for reparado.

Existem muitos problemas médicos que podem tornar as pessoas mais propensas a ter rupturas de tendão. O uso crônico de esteróides, seja para fins médicos ou quando usado para ganhar massa muscular, é uma das razões mais comuns para o surgimento de lesão no bíceps distal.

A ruptura do tendão é mais comum em homens com idade superior a 30 anos, porém é algo que pode acometer homens e mulheres em qualquer idade.

 

Diagnóstico de lesão no músculo do braço

O diagnóstico de ruptura do bíceps distal pode ser feito com base no histórico do paciente e no exame clínico. Se houver dúvida se é ou não uma lesão parcial ou total do músculo do braço, o médico ortopedista pode solicitar a ressonância magnética (MRI).

 

Como são tratadas as rupturas do bíceps distal?

Existem várias opções disponíveis para o tratamento de um bíceps distal rompido, variando de um tratamento conservador a intervenções cirúrgicas. O cirurgião ortopedista responsável discutirá essas opções e ajudará a decidir o tratamento ideal com base nas demandas do paciente, no exame físico e no tipo de ruptura observada nos estudos de imagem, incluindo radiografia de rotina e ressonância magnética (MRI).

O tratamento cirúrgico concentra-se em restaurar a anatomia do tendão do bíceps distal, reparando o tendão em seu local de inserção no rádio e permitindo que ele cicatrize. A cirurgia geralmente é realizada por meio de uma incisão aberta na frente do cotovelo ou por meio de uma abordagem de duas incisões, com uma pequena incisão na frente e outra atrás do cotovelo.

Já o programa de tratamento fisioterapêutico não cirúrgico geralmente se concentra primeiramente em reduzir a dor e em manter o movimento total do cotovelo. Medicamentos anti-inflamatórios não esteróides orais também podem ser prescritos, a depender da necessidade do paciente. Em seguida, inicia-se o tratamento de fortalecimento muscular dos outros músculos localizados ao redor do cotovelo. 

Rupturas crônicas são muito mais difíceis de tratar cirurgicamente e, às vezes, é necessário a inserção de enxertos. Para rupturas agudas, o tendão pode ser recolocado no osso por meio de várias técnicas, incluindo suturas, parafusos cirúrgicos, entre outros.

 

Onde encontrar ortopedistas especialistas em lesão do bíceps distal?

Como vimos, a lesão no bíceps distal pode acometer qualquer pessoa em qualquer idade, sendo mais recorrente em homens com idade superior a 30 anos. 

Se você tiver dor no cotovelo ou suspeitar que pode ter um tendão do bíceps distal rompido, entre em contato conosco para fazer um diagnóstico. A equipe de ortopedistas especialistas  da Ortocentro estão prontos para te atender.